5 Melhores Mavericks do Brasil - Parte Final
07:34
Ramon Medeiros Brandão
Carros Antigos
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Continuando com a série sobre os melhores Mavericks do Brasil, apresentaremos nesta última parte um carro que teve seu motor simplesmente dobrado de tamanho.
MAVERICK CUPÊ 1978
Como se pode perceber no decorrer dessa série, o sonho de todo dono de Maverick é ter um motor V8 embaixo do capô, mas devido essa grande admiração que esse propulsor, aliado com esse carro causam, as raras unidades que existem equipadas originalmente com esse tipo de motor ficam totalmente inflacionadas, o que para a maioria dos admiradores inviabiliza o sonho do Maveco 8 bocas.
Devido isso muitos fãs do modelo, se aventuram em adaptar os motores V8 originais dos Mavericks em modelos que vinham equipados originalmente com motores menores, 4 cilindros em linha ou V6.
O carro apresentado nessa postagem, foi obra da equipe da Batistinha Garage. O ponto de partida do projeto foi um cupê 1978 de quatro cilindros. Esse motor, projetado na Europa foi apresentado em fins de 1970, para equipar os carros Cortina, Capri, Taunus e Granada, sendo produzido na Inglaterra e Alemanha. Em 1973, com cilindrada elevada de 2.000 cm3 para 2.300 cm3, passou a ser produzido nos EUA e, em meados de 1974, começou a ser fabricado no Brasil, para equipar não só o “nosso” Maverick (que, assim, deixou de usar o motor Willys de seis cilindros).
O propulsor 2.3 OHC apresentava sistema de alimentação de fluxo cruzado, com admissão de um lado e escape do outro e desenvolvia 99 cv a 5.400 rpm. Este quatro cilindros, de apelo econômico, não se enquadrava nos planos da Batistinha Garage. A idéia, obviamente, era empregar o motor 302 V8, razão pela qual toda a mecânica original foi descartada e, em seu lugar, foi montado um conjunto novo, devidamente “preparado” pela oficina.
O V8 em questão recebeu tampas de válvulas cromadas, coletor de admissão Performer RPM e carburador quadrijet da Edelbrock. Os coletores de escapamento são da marca Hooker e foram completados com abafadores Flowmaster e tubulações 8 em 2 feitas pela Tarumã Escapamentos. Naturalmente, para suportar o bloco, foi necessário instalar a travessa de reforço usada no Maverick V8, inexistente no monobloco dos carros de quatro cilindros. Segundo Fernando as alterações realizadas permitiram a “usina de força” desenvolver cerca de 280 cv, contra 199 cv do motor 302 original.
A caixa automática C4, de três velocidades, também deu lugar a outra do mesmo tipo, mas específica do V8. Entretanto, para conferir um ar mais esportivo ao veículo, foi aproveitada a alavanca cromada do 2300 que, em forma de T, localiza-se no assoalho. Isso ocorreu porque, no Brasil, a Ford só oferecia o Maverick V8 automático com alavanca na coluna de direção. O cardã e a relação de diferencial do quatro cilindros também deram lugar para as peças utilizadas no V8, tendo em vista que as mesmas estavam disponíveis no estoque da oficina.
A caixa automática C4, de três velocidades, também deu lugar a outra do mesmo tipo, mas específica do V8. Entretanto, para conferir um ar mais esportivo ao veículo, foi aproveitada a alavanca cromada do 2300 que, em forma de T, localiza-se no assoalho. Isso ocorreu porque, no Brasil, a Ford só oferecia o Maverick V8 automático com alavanca na coluna de direção. O cardã e a relação de diferencial do quatro cilindros também deram lugar para as peças utilizadas no V8, tendo em vista que as mesmas estavam disponíveis no estoque da oficina.
O projeto da suspesão não foi alterado, foi melhorado. O carro ganhou quatro amortecedores a gás, do tipo 'heavy duty" (serviço pesado), molas dianteiras reforçadas e traseiras do modelo quatro portas, que são um pouco mais duras. o sistema de freios, antes a disco e tambor, foi reformulado recebeu discos também nas rodas traseiras, montado graças a um kit da Automotor. As rodas de alo estampado, com aro de 14 polegadas e tala de 5 polegadas, que "calçavam" pneus diagonais Goodyear D70 S14, deram lugar a um jogo da marca Centerline, com aro de 18 polegadas e tala de 8 e 9,5 polegadas, montadas com pneus Toyo Proxes 4 235/40 ZR 18 e 275/35 ZR 18.
Enquanto eram realizados os serviços mecânicos, a carroceria foi raspada e teve seus pontos de ferrugem eliminados. Assim, após a funilaria ficar pronta, o monobloco foi pintado em um tom de branco perolizado que, especialmente desenvolvido pela Batistinha Garage, iniciou o processo de customização visual do Maverick. O carro ganhou uma faixa preta fosca no capô, inspirada no modelo GT. A mesma pintura se repetiu no painel superior do porta malas e em detalhes como grade do radiador, moldura dos faróis, pára-choques, frisos do capô, molduras dos vidros, limpadores de pára-brisas e maçanetas externas.
Faixas na cor vinho, emolduradas por filetes finos, ligam os pára-lamas dianteiros as laterais traseiras. A cor se repete no revestimento interno do veículo, incluindo o dash pad (almofada de painel), os bancos (dianteiros BTS/Rallye Design e traseiros altesanalmente moldados com espuma) e revestimento do teto. O painel, o console, a cobertura da coluna de direção e os “pezinhos” do acabamento interno dos pára-lamas dianteiros também foram pintados na cor das faixas, que ainda se repete na tonalidade do carpete do carro.
Outros detalhes internos diferenciados são os cintos dianteiros de três pontos, o volante BTS/Lenker, com três raios de alumínio e aro revestido em couro preto, as laterais de porta feitas de fibra de carbono e o CD Pionner DEH-3180UB que, com saída para Ipoid, trabalha em conjunto com falantes 6x9 da mesma marca. O resultado final, apesar do excelente resultado obtido, é apenas uma pequena amostra dos serviços realizados pela Batistinha Garage que, com toda certeza, já se tornou uma referencia nacional na customização de jóias automotivas como esta.
Fonte: Revista Rod&Custom
Acompanhe o restante da série: Parte 1; Parte 2; Parte 3; Parte 4.
Descubra a História do Maverick.
Fonte: Revista Rod&Custom
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