quinta-feira, 13 de setembro de 2012

5 Melhores Mavericks do Brasil - Parte 2

Continuando com a série sobre os melhores Mavericks do Brasil, desta vez apresentando um modelo que teve várias peças importadas. Veja e confira.

MAVERICK GT 1974


Fascinado com as histórias contadas por seu pai, que na década de 1970 teve a satisfação de ser proprietário de um Maverick GT 78 amarelo, Douglas Ribeiro do Carmo resolveu, aos 25 anos, comprovar de perto as reais características desse veículo que, até então, só fazia parte do seu imaginário.

Assim, em 2004, começou uma verdadeira peregrinação pela cidade de Curitiba, PR (local onde reside), em busca do carro “perfeito”. Porém, diante de preços nada animadores, o comerciante decidiu expandir horizontes. Suas investidas o levaram até Porto Alegre, RS. Entre uma conversa e outra com moradores da região, finalmente encontrou o que tanto procurava: um Maverick GT 1974. 

Assim que o negócio foi concretizado, Douglas partiu com o veículo direto para sua cidade. Mas não como desejava: as condições precárias o obrigaram a seguir para o seu novo endereço sobre a plataforma de um caminhão. Tal fato, ao invés de desanimar o comerciante, serviu de estímulo para que ele iniciasse imediatamente a restauração do Ford, projeto para o qual não mediu esforços, principalmente de ordem econômica.

AUMENTANDO A CAVALARIA
Quando iniciou a restauração do carro, o estado do velho 302, de 4.957 cm3, era calamitoso. Assim, foi óbvia a conclusão de que seria necessário retificar o motor.  Mas, se esse serviço seria realizado, por que não gastar um pouco mais e melhorar aquilo que, há 35 anos, já era considerado muito, muito bom?  Após pensar muito sobre o assunto, o proprietário resolveu elevar a cilindrada do small block para 347 polegadas. Foram empregados no Maverick um kit com bielas, virabrequim e mancais Eagle e pistões Keith Black. A diferença de cilindrada foi obtida porque, no motor original, o diâmetro e o curso eram de 101,65 mm x 76,20 mm contra 102,362 mm x 86,36 mm do novo kit, perfazendo, portanto, 5.685 cm3.


Douglas também adquiriu vários itens da marca Edelbrock, como cabeçote de alumínio Performer RPM, comando de válvulas 290-300, coletor de admissão Dual Performer e dois quadrijets de 500 CFM. Estes últimos, curiosamente, também levam a marca Weber/Magneti Marelli, pois a empresa italiana, que pertence à Fiat, tem uma filial nos Estados Unidos (Sanford, Carolina do Norte) que projeta, produz e fornece itens e componentes para Ford, GM e Toyota, bem como para a Edelbrock. Tuchos, comando, varetas de válvulas e parafusos de cabeçote também são da Edelbrock.

Mas isso não é tudo, pois a lista de itens adquiridos para esse propulsor ainda vai longe: a marca Melling, por exemplo, responde pela bomba e pelo pescador de óleo. Bomba de combustível, bujão magnético do carter, carter cromado, coletor de escapamento, volante do motor, corrente dupla e relógio de pressão da linha de combustível são da Summit. Foram adquiridos ainda parafusos de mancal Arp, filtro de óleo (com capa cromada) Mr. Gasket, filtro de gasolina cromado Spectre, tampas de válvulas Ford Racing e sistema de injeção de óxido nitroso NOS com sneeze, que mantém a tubulação “limpa” e na temperatura ideal de funcionamento.



Esse mesmo cuidado na escolha das peças do motor, também foi tomado na parte elétrica, no sistema de arrefecimento e também no sistema de escapamento, todos estes com a maior parte dos componentes importadas.

O velho câmbio Clark de quatro marchas deu lugar a um Borg Wander Tremec T5 1352-000-227 Motorsport, caixa semelhante à do Mustang Cobra 2004 e equipada com anéis sincronizadores de fibra de carbono. O diferencial é um Dana autoblocante 3,07, o qual recebeu tampa da marca Summit. A suspensão dianteira, por sua vez, foi refeita com componentes da PST Performance, mas segue o mesmo projeto de fábrica. No sistema traseiro, por eixo rígido, mantiveram-se os feixes de mola, que passaram a empregar barras de tração cromadas Summit. Os freios, a disco ventilado nas quatro rodas, são da marca Wilwood. Assim, após tantas alterações, o carro tornou-se seguro para a nova potência do propulsor que, segundo os responsáveis pelo projeto, está na casa do 450 cv, 251 cv a mais que a potência original do Maverick GT 1974.


ALTERAÇÕES VISUAIS
Em termos de carroceria os pontos de ferrugem foram eliminados e o monobloco, originalmente na cor Vermelho Cadmium, foi pintado em um tom exclusivo de laranja, igualmente sólido, com faixas pretas. 



Antes disso, porém, foi realizada uma pequena alteração no painel traseiro, permitindo a substituição das lanternas originais pelas do Mustang GT 500 1967, que também cedeu o kit de lanternas de luz de ré. Outras alterações externas foram a troca da grade do radiador por outra metálica e a substituição dos selead beans GE por faróis tipo tribar. Além disso, o carro ganhou um jogo de rodas de liga leve Foose Nitrous (17 e 18 polegadas), calçadas com pneus Bridgestone Turanza 225 x 35 e Pirelli PZero 285 x 45 x 18.  

No interior, nada de mudanças radicais, apenas houve a personalização de pedaleiras e manopla de câmbio, também houve a inclusão de alguns instrumentos de medição e um kit multimídia da Pionner.



Confiram a parte 1 dos melhores Mavericks do Brasil clicando aqui
Conheça a História do Maverick clicando aqui

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