55 anos de Kombi no Brasil
09:22
Ramon Medeiros Brandão
Carros Notícias
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O veículo mais antigo fabricado no Brasil está completando 55 anos. Na Alemanha, a Kombi nasceu em outubro de 1949, sugerida dois anos antes por Ben Pon, um empresário holandês, dono de concessionária e que se tornou o primeiro representante da Volkswagen em seu país natal. Pon rabiscou em seu caderno de anotações o esboço de um automóvel revolucionário que pudesse transportar cargas de forma eficaz.
O primeiro furgão monovolume do mundo nasceu com dois nomes oficiais: Typ (tipo) 2, referente ao projeto e Transporter, o nome comercial. O nome Kombi usado por nós é a abreviação de kombinationsfahrzeug, ou seja, combinação de espaço para o transporte de passageiros e carga. Em 1950 já era vendida no Brasil como Kombi, importada pela Brasmotor, a mesma que traria o Fusca, também representante da Chrysler e dona dos eletrodomésticos Brastemp. Logo passou a ser montada na sede da empresa, em São Paulo.
Há cinquenta e cinco anos a Kombi inaugurou a fábrica de São Bernardo do Campo, no ABC paulista. A Kombi começou a ser produzida antes mesmo do Fusca, que já era importado, mas só seria produzido dois anos depois. Como o sedan, a Kombi começou com 50% de nacionalização Em 1961, 95% dos componentes já eram feitos aqui. Disponível inicialmente nas versões furgão (fechado) e passageiros (com oito janelas laterais, quatro de cada lado, sem contar as da coluna traseira e as dos passageiros da frente), ganhou em 1967 a picape. Também teve uma versão de seis portas laterais. A partir daquele ano, a Kombi brasileira começou a parar no tempo, embora tivesse recebido um novo motor 1500 com 44 cavalos de potência.
Furgão |
Kombi passageiros |
A primeira das duas únicas mudanças radicais da Kombi brasileira só aconteceu em 1975 e, ainda assim, pela metade. O vinco em V desapareceu, o pára-brisa passou a ser inteiriço e alinhou-se ao teto. As redondinhas luzes de direção deixaram a companhia dos faróis e foram parar próximas ao pára-brisa, retangulares, com lente laranja e integrados a uma entrada de ar. Os para-choques perderam os apliques verticais e ficaram mais retos. As janelas do motorista e do carona deixaram de ser corrediças para terem abertura convencional, por manivela. Atrás, as lanternas deixaram de ser ovais e aumentaram de tamanho. Por dentro, um novo painel que durou até 2005. Com a reestilização, a cilindrada do motor se tornou 1600 e a sua potência subiu para 52 cavalos. A partir daí a Kombi foi ganhando apenas alterações nas calotas, na moldura dos faróis e no acabamento interno. Chegou a oferecer picape de cabine dupla e estendida e até motor a diesel (1600, com 50 cavalos), em 1984, identificado por um indiscreto radiador na frente. Em 1998, o motor boxer 1600 ganhou injeção eletrônica. Em 2004, virou bicombustível. E dois anos depois, por causa do aumento da rigidez das leis antipoluentes nacionais, o motor a ar, usado no primeiro Fusca alemão, há setenta anos, e há mais de cinqüenta no Brasil foi finalmente aposentado. Em seu lugar entrou o 1.4 Total Flex, com refrigeração a água, bicombustível (potência variando entre 78 e 80 cavalos), mas ainda montado na traseira.
Kombi Diesel |
Cabine Dupla |
Kombi modelo 2012 |
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